- O que aquele cara queria? – perguntou ele.
- O que você quer? – retruquei.
Eu não acredito que ele queria mesmo brigar comigo por conta daquele cara. E a vadia? E o que aconteceu? Não é possível! O Justin está muito frio. Eu não aguento mais essa cara de anjo dele, quando na verdade ele está se saindo o cara mais rude que eu já vi!
- Eu quero conversar com ele. – respondeu ele.
- Mas eu não quero conversar com você, dá o fora.
- Você tá com raiva de mim por causa daquela menina?
- Puta, você quis dizer.
- Nossa, quem é você? A Hilary doce que eu conheci não sairia no tapa com aquela puta.
- O Justin que eu conheci não deixaria eu sair no tapa com aquela puta. Quem é você? Hein? Me diz; por que eu não te reconheço. Como você pode ficar parado, olhando, enquanto eu brigava com aquela garota?
- Hilary, você estava totalmente possuída pela raiva... se eu chegasse perto era capaz de você bater em mim também!
- Eu bateria, sim! Por que você tá merecendo! Era pra gente tá lá na pista de dança, nos divertindo, mas não, você estragou tudo! Sai daqui, Justin!
- Você quer mesmo que eu vá?
Hesitei. Eu não queria. Quer dizer, eu queria. Tudo estava dividido em mim. Mas eu não vou deixar ele achar que pode me fazer de palhaça e depois ficar tudo bem.
- Sim. – falei rápido, baixo, e olhando pro chão.
A dor era grande. E corria o risco de eu mostrar fraqueza ali: lágrimas.
Ele simplesmente foi embora, sem dizer mais nada. Eu ainda o segui com os olhos, até que ele olha pra trás. Naquela hora tudo congelou. E nós nos entre olhamos por alguns segundos. O olhar triste dele, fez minha dor aumentar. Mas o orgulho era maior, então eu abaixei a cabeça cortando o curso do meu olhar pro chão. E ele foi embora de vez.
Eu abaixei a cabeça e apoiei sobre meus braços cruzados em cima da mesa. E ali fiquei por alguns longos segundos. Quase minutos. Levantei a cabeça a procura de alguém conhecido, mas ninguém estava a vista. E eu queria ir embora. Fui em direção ao bar, ainda procurando por alguém sentei em um banco do lado de um homem aparentando ter 30 anos. Ele estava com um copo pequeno na mão, com um líquido transparente. Ele levou o copo a boca, e num só gole bebeu toda a bebida. Eu pude ver pelo seu rosto que a bebida era bem forte e ardente, mas depois sua expressão suavizou como se o gosto tivesse ficado bom.
O barmen tinha entrado na cozinha, e voltou com duas garrafas cheias daquele líquido transparente. Eu o chamei e pedi um pouco daquilo. Ele olhou pra mim assustado apontou pra garrafa, apontou pra mim, e perguntou: “Você? Você vai querer isso?” E o que tinha de errado nisso? Eu não podia beber? Era proibido pra mulheres?
Eu o olhei demonstrando irritação por ele achar aquilo estranho.
- Vou. Por que? Não pode?
- Claro que pode, desculpa. – falou ele.
Rapidinho ele pegou um copo igual ao do homem, e derramou o líquido nele. Depois do trabalho feito, o rapaz ainda ficou olhando pra mim, como se esperasse pra ver minha reação ao beber aquilo. Incomodada com o olhar dele, eu disse: “Pode me deixar em paz, por favor.” Falei e ele saiu. E lá vamos nós. Coloquei o copo perto da boca e inspirei. Não tinha cheiro. Tomei coragem e bebi.
Ardente e azedo. Era como se eu tivesse engolido uma bola de espinho, e aquilo fosse descendo rasgando a minha garganta até que para, e pra fazê-la descer bebi um pouco de álcool, mas quando chegou no meu estomago, senti o gostinho de chiclete de uva.
- Ei, me dá mais um pouco? – pedi para o barmen.
Ele derramou o líquido parecido e totalmente diferente de água no meu copo, ainda um pouco assustado. Tomei e tive a mesma reação daquele homem que estava do meu lado. Depois do primeiro copo tomei mais uns três, até que a Rayanne chega.
- Hilary, o que você está fazendo?
- Bebendo, ué.
- Você disse que nunca mais ia beber. Hilary, isso faz mal.
- Sabe o que me faz mal? Saber que o meu namorado não se importa mais comigo. Ele foi embora, sabia? E me deixou aqui... e agora, como eu vou voltar pra casa, me diz? Ah, Rayanne. Nada mais importa. Eu só quero me divertir um pouco. – me levanto e começo a puxá-la pra pista. - Vem, vamos dançar.
- Eu não quero dança, Hilary. – falou ela puxando o braço da minha mão.
- Você tem que parar de beber agora.
- Calma, você fala como se eu não conseguisse controlar. Aliás, essa bebida transparente que eu nem sei o nome, é muito bom!
- Quero ver se vai ser tão boa assim, quando você começar a beber sem se controlar e amanhã está pior que daquela vez que agente bebeu na sua casa. Lá foi uma coisa mais fraca, isso aí parece ser mais forte.
- E o que eu vou perder com isso, me diz? Sério. Você não escutou quando eu disse: eu quero me divertir. Tem como se divertir mais do que perdendo o controle de si, e deixando a loucura te levar?
- Você quis dizer: acabando como seu fígado e correndo um risco enorme de se machucar.
- Para de falar que nem a minha mãe garota, eu já disse que eu não vou parar. Não vou.
- Tudo bem, Hilary. Eu cansei de tentar colocar juízo na sua cabeça dura. Mas se você quer se machucar por conta do idiota do Justin, vá em frente.
- Ei, pode abaixar o tom! Você está indo longe demais.
- E quem disse que eu me importo se eu estou indo longe de mais... você não foi a única que brigou com quem ama nessa noite. Eu também briguei com o Ryan, mas diferente de você, eu deixei ele falar.
- Ah, sim. Você foi um doce com ele naquela hora. Eu vi a doçura que você foi.
- Eu não vou discutir com você.
- Não deveria mesmo. Vai lá pro Ryan, e me deixa só. Eu não bati numa loira azeda, mandei o Justin embora, pra acabar voltando pra casa. Eu vou ficar aqui e curti o resto da noite.
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Será que vai dar certo?
o que vocês acham?
E estão gostando?
Ah, sim. Antes que eu esqueça.
Chegamos a 7000 views. Muuuuuito obrigado.
Por todo o apoio de vocês.
Obrigado mesmo. <3
3 comentários:
Acho que isso não vai dar certo. Ta muito boa, parabéns :B
Não vai prestr isso dai.
Continuaa
Vai dar merda ela bebendo desse geito hahahahahaha.
Continua esta perfeitoo. beijoos
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