Ainda Te Amo - Capítulo 35

    Abri os olhos e uma sensação de felicidade invadiu o meu corpo. Eu estava nua ao lado do Justin, eu tinha sido dele na noite passada, e ele tinha sido meu. Ele ainda não tinha acordado, e eu fiquei o admirando... a tentação foi maior que eu, então comecei a acariciar o seu rosto. Aos poucos ele foi se mexendo e acabou acordando.

     - Isso é um sonho? – ele perguntou.

     - Não, bobo. É realidade.

     - Você cumpriu sua promessa. – falou ele se referindo a “Vou te fazer a pessoa mais feliz hoje.”

     Dei um leve beijo nele e ele sorriu.

     - Se eu pudesse eu ficava a vida inteira aqui. – falou ele passando a mão no meu cabelo.

     - Mas eu não posso... – falei com uma expressão triste. – Minha mãe já deve ter ligado 500 vezes pra mim.

    - Mas, você não avisou pra ela?

    - Avisei, mas ela já deve tá imaginando 1001 maneiras de como eu fui assassinada.

    - Já sei a quem você puxou.

    O que? Descarado! Eu comecei a dá leves tapas nele, e ele rindo a beça, se levantou da cama pra se livrar, eu me enrolei no lençol e corri atrás dele. Alcancei ele e continuei a bate-lo, ele segurou os meus braços e me pressionou sobre o corpo nu dele. Me segurando forte, sem me dar chance alguma de fugir, ele começou a me beijar. Aos poucos ele foi me soltando, e colocou as mãos no meu rosto. Eu acariciava as suas costas, e o lençol que cobria o meu corpo estava seguro só pela pressão dos nossos corpos. O beijo foi ficando cada vez mais e mais intenso, e o Justin começou a explorar o meu corpo... segundos depois ele começou a descer os beijos até o meu pescoço, e o calor do local foi aumentando.

    - Justin, Justin, para, por favor. Minha mãe vai me matar por causa da demora de chegar em casa, eu juro que te compenso depois.

    Justin me soltou um pouco frustrado. Vestimos nossas roupas e descemos. Justin ficou uns minutos na recepção do hotel, enquanto eu estava dentro do carro escutando o rádio quando uma notícia me chamou atenção.

     “Foi denunciado uma incêndio na Stuart Hall High School, os bombeiros já estão no local tentando conter o fogo que ameaça se propagar para o prédio vizinho a escola. As ruas Pine St, e a Bush St, estão interditadas além, da rua da escola a Octavia St.”  

     Stuart Hall? Aquela era a minha escola!

     - Justin! Justin! – gritei enquanto corria em sua direção.

     - O que foi? – perguntou ele com uma expressão assustada e preocupada.

     - Incêndio. Minha escola. Rayanne. Ryan. Meu Deus. Eles estão lá? – falei gaguejando.

     - Hilary! Calma! Me explica isso direito!

     - Eu ouvi no rádio! A minha escola está pegando fogo!

     - Tenta ligar pra Rayanne eu vou terminar de resolver isso aqui.

     Corri para o carro peguei meu celular e liguei. Chama, chama, chama, chama... ninguém atende. Meu desespero aumenta. O Justin entra no carro me pede calma e segue correndo até a escola.

     Chegando perto da rua Pine, que estava interditada, o movimento de policiais já era intenso. Justin estacionou e eu desci do carro.

     - A entrada é restrita, senhorita. – falou o policial ao perceber a minha aproximação.

     - Eu sou aluna da escola que tá pegando fogo, e a minha irmã tá lá dentro. Por favor deixa eu entrar.

     - Ninguém pode entrar! Só quem tiver autorização.

     - Seu policial, a minha irmã está lá dentro! Eu tenho que entrar! – falei chorando de desespero.

     - Hilary, Hilary, calma. Deixa que eu resolvo isso. – falou o Justin.   

     Justin passou aminha frente e começou a conversar com o policial.

     - Moço, a irmã dela que tá lá dentro tem um tumor no cérebro. – falou o Justin diminuindo o tom ao falar “tumor no cérebro.” Como se aquilo fosse doer menos de ouvir. - Ela precisa saber se tá tudo bem.

     - Tumor? Nossa, desculpa. Pode entrar.  

     Passei por baixo da faixa amarela que lacrava o local e abracei o Justin.

     - Muito obrigada.

     - De nada meu amor. – falou ele dando um beijo na minha cabeça.

     Depois de nos soltarmos eu comecei a correr e ele me seguiu.

     Chegando na frente do prédio a fumaça era muito forte e densa. Alguns pais estavam lá, certamente também conseguiram convencer os policiais. Mães chorando, e pais a abraçando e a segurando pra que ela não corresse pra dentro da escola. A cena se repetiu comigo com o Justin, eu queria tirar eles de lá de dentro. Eu salvá-los, ter certeza de que eles estariam bem.

     Minutos se passaram, e a agonia da dúvida me corria por dentro. Aos poucos os bombeiros foram entrando no prédio na esperança de tirar algum sobrevivente de lá.

     Um por um as pessoas foram saindo.  

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E agora?

O que vocês acham que vai acontecer?

Quem tá ansiosa pra o próximo capítulo?