Ainda Te Amo - Capítulo 37

    O silêncio não durou nem meio segundo, mas pra mim foi uma eternidade.

    - Sim, ela está bem! – falou a doutora.

     Abri o maior sorriso do mundo e olhei pro Justin. Ele me olhava com um sorriso de alívio também. O abracei e ele disse:

     - Eu disse.

     - Sim você disse. Obrigada meu amor. – dei-lhe um beijo de gratidão.

     Voltei a minha atenção a doutora e ela disse que nos podíamos ir ver a Gaby. Aceitei na hora.

      Começamos a andar até a sala e o Justin se pôs ao meu lado, o olhei e sorri. Ele sorrio como resposta e pegou a minha mão. Eu encostei a cabeça no seu ombro e assim fomos andando até o quarto em que a Gaby estava. Agora mais do que nunca, eu tinha certeza de que seria fácil cumprir a minha promessa de nunca mais brigar com ele por qualquer coisa. E que acima de tudo iria amá-lo e deixa-lo falar. Tinha certeza disso pois no momento em que ele pegou na minha mão e eu me entreguei a proteção dele deitando em seu ombro, o sentimento de que aquilo já fazia parte de mim veio mais forte do que nunca. Depois de tudo que nós passamos juntos, depois de tudo que fizemos, ao nível que chegamos, eu tinha certeza de que nunca mais iríamos nos separar, e que aquilo duraria pra sempre.

     - Gaby! – exclamei ao vê-la sentada na cama.

     - Hilary? – perguntou ela.

     - Gabriela! Você tá bem? – perguntou o Justin.

     - Tô mas... o que vocês fazem aqui? Como sabiam que eu estava aqui? Cadê o meu pai?

     - Seu pai não está, eu queria ligar pra ela mas não tenho o número. – falei. – E nós estávamos na frente da Stuart quando você saiu. Daí seguimos com você até aqui, no hospital.

      - Ah, sim. – a Gaby respondeu. – É por que a médica disse que meu responsável iria entrar... achei que fosse o meu pai.

     - Prazer, seu responsável. – brincou o Justin.

[...]

     Já em casa, deitada na cama, encarando o teto eu pensava em como a minha vida é perfeita. Eu tenho uma família bem estruturada e feliz, saúde, um namorado perfeito, amigos incomparáveis, etc.

     Mas é impossível pensar na minha família sem lembrar do meu pai. O Danniel. Onde será que ele está? Será que ele lembra de mim? Eu sei que ele não é a pessoa mais certa do mundo, e sei que ele vez a minha mãe sofrer muito... mas acima de tudo ele é o meu pai. E mesmo não o conhecendo eu devo respeito, e o amo, afinal, ele me deu a vida.

     De repente o meu celular toca, era som de mensagem. Era o Justin, ou melhor, o Drew.

     “Oi minha princesa. Durma bem, por que amanhã você terá uma surpresa.”

      Pensei em liga-lo, uma vez que eu odeio ficar curiosa, mas iria estragar toda a emoção da surpresa, então resolvi me acalmar me concentrar em pegar no sono, por que a curiosidade me fez querer dormir logo, pra acordar logo.

[...]

      Acordei fiz minha higiene matinal e segui pra escola. A viajem foi mais longa, por que a escola tinha mudado de prédio, para duas quadras depois. Chegando lá avistei loga a Ray. Ela parecia está me esperando.

      - Hilary!!! – ela gritou.  

      - Nossa! Quanta alegria!

      - Você não sabe quem está na sala da diretora.

      - Sala da diretora? Hum... Ashley?

      - Não, sua boba! O Justin!

      - O Justin? – perguntei assustada.

      - Sim! E advinha o melhor!

      - Fala.

      - Ele está de farda!

      - Farda? A nossa farda? Ele está com a farda da nossa escola? Por que? Meu Deus, não! Sério?

       A abracei de tanta felicidade. Quer dizer, pulei no pescoço dela. Até aquele momento eu não tinha entendido o por que dele está na diretoria, mas quando eu entrei na escola, percebi que a razão pra ele está na diretoria já no seu 1º suposto dia de aula era que o perigo da agitação das garotas. Gritos, choro, desespero, mais grito, até desmaio.

      Entrei na sala e ele me abraçou. Nos olhamos por dois segundos, até que a dona Emma nos interrompeu liando garganta.

     - Como eu estava dizendo, Sr. Justin Bieber. Esse tipo de alvoroço não pode acontecer frequentemente aqui na escola. Se isso continuar acontecer, o senhor não poderá continuar a estudar aqui.

     - Mas dona Emma, ele não tem culpa. – falou a Rayanne.

     - Ninguém tem culpa, Srtª Mesquita. Mas isso não pode ocorrer. E se ocorrer, ele terá que sair.

     - Tudo bem, dona Emma. E muito obrigado por me aceitar aqui.

     - De nada, tenha um bom dia. – falou a dona Emma nos indicando a porta.

    Saímos da sala e os gritos foram intensos. Eu, a Rayanne e o Ryan tentávamos afastar as meninas e ao mesmo tempo nos proteger... Justin não podia fazer nada, além de tentar sair dali vivo.

    Depois de muito empurrão, muito grito, até puxada no cabelo eu já não aguentava mais. Corri em direção a uma mesa, subi e gritei:

“PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAREM!”

    Todo mundo parou. Todo mundo mesmo, não só as meninas como todos do colégio.

     - Agora me escutem. Isso é loucura! Você vão machucar ele. Quase arrancaram metade do meu cabelo. Se vocês amam mesmo ele, deixem ele em paz! Ele vai atender a todas, mas uma de cada vez. – dei uma pausa e o barulho começou novamente. – PRESTEM ATENÇÃO! – todos voltaram a me olhar. - Se vocês continuarem com esse carnaval, ele vai ter que sair da escola. É isso que vocês querem? – assim que falei isso, elas começam a se afastar, e a se acalmarem. Na mesa hora a Rayanne foi começando a organizar uma fila.

      Uma por uma, elas vinham, tiravam fotos, pegavam autógrafos, davam beijinhos, diziam que amavam ele, que ele era tudo pra elas e todas as declarações que uma Belieber sonha em uma dia dizer pro Justin.

      Quando a fila de 35 meninas acabou, todos nós sentamos em uma das mesas.

      - Eu acho que não vou aguentar isso todos os dias. – falou o Ryan se contorcendo. – Elas acabaram comigo. Teve uma de apertou meu braço e só faltou enfiar a unha na minha pele.

      - Aí, gente desculpa, tá? Eu não queria que vocês passassem por isso. Eu sei que é loucura, mas elas são as minhas Beliebers eu devo tudo a elas. Desculpa mesmo.

      - Ei, ninguém aqui tá com raiva de você. – falei. – Existem duas Beliebers aqui, - falei olhando pra Rayanne que sorrio. - agente sabe como é isso. Estamos juntos nessa.  

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E obrigada a Sandrine que me deu um selinho de Natal. <3