- Fica calma, você vai voltar logo.
– Justin falou acariciando o meu cabelo.
Será que o meu medo misturado com
tristeza estava tão na cara assim? Eu sei que é só por um tempo, é só umas
férias, mas é que eu não estou me sentindo segura com essa viagem.
- Eu sei, mas é que... – me faltou
palavras.
- Olha só, - Justin falou, vendo que
eu não conseguia mais falar – pra tudo que acontecer, eu vou estar aqui, tá?
- Eu sei, meu anjo, eu sei.
Ele beijou o alto da minha cabeça e
eu adormeci.
O barulho de tapas e briga acordou
Justin que consequentemente me acordou junto. O pulo que ele deu quase me
derrubou na cadeira.
- Mary! Mary! Para com isso! Solta
ela! – Justin gritava enquanto um rapaz da companhia tentava segurar a outra
garota que tinha cabelos escuros muito cacheados. Já a Mary – que reconheci por
que o Justin tentava segurar ela – tinha uma pele cor-de-chocolate e cabelos
ondulados pretos. Me levantei da cadeira e ajudei Justin a desvencilhar a Mary
dos cabelos da garota de cachos escuros.
- Me solta! Deixa eu acabar com essa
vadia! – a Mary gritava.
- Deixa, Justin Bieber, deixa ela
vim pra cima de mim! Assim eu faço ela crescer e deixar de ser idiota! Deixa! –
a garota dos cachos gritava em resposta.
- O que tá acontecendo Justin? –
perguntei enquanto me encontrava no meio das duas tentando desatar as mãos das
duas (ou desenterrar as unhas delas dos braços das duas).
- Eu não sei! – Justin respondeu –
Mary, parou! Agora! – falou Justin a puxá-la e virar o corpo ficando de costas
para a outra garota, impedindo assim que as duas se tocassem.
- Me solta! – a garota de cachos
gritou. O rapaz a soltou e ela se recompôs. A Mary se desvencilhou do Justin e
ajeitou a postura também. Justin se pôs na frente dela, e eu continuava no meio
da briga. Virada para a garota dos cachos e de costas para Justin. – Ah, Sr.
Bieber! – a garota voltou a falar – Quer dizer então que o pirralho arrogante,
sonho de toda garota estúpida, veio dar um de herói. Certamente, sabe que isso
aqui vai está em todas as revistas do mundo amanhã. Você é muito ambicioso,
Justin...
- Cala a boca! – gritei levando o
meu dedo indicador ao meio do nariz dela.
Pirralho? Arrogante? Ambicioso?
Aquela garota já estava indo longe demais. A fúria subiu em mim como uma chama
descontrolada. Mas, não. Hoje não. Briga é o que ela quer. Ela mostrou
direitinho o tipo de mulher baixa que ela é quando se atracou com a Mary. Eu
sei que estou soando meio hipócrita. Mas depois de sai no tapa com aquela loira
azeda na boate, eu percebi que tudo que uma garota como ela quer é briga.
- Hmmmmm, e você é a garota sortuda
que conseguiu fisgar o Bieber pela segunda vez. – ela falou. – Admito que você
deve ser boa mesmo. Por que mesmo ele sendo um idiota completo, é difícil uma
mulher segurar um homem por duas vezes.
- É melhor você parar de falar do
Justin assim!
- A qual é. Muda um pouco o roteiro,
essa fala é velha!
- Você deve tá se achando o máximo,
né? A poderosa! A gostosona do pedaço! – falei. Ela não respondeu e eu
continuei. – Fica aí com essa postura de sabe-tudo, superior a tudo e todos.
Mas só é ver uma brechinha e já tá se descendo do salto pra dar uma
barraqueira. Poupe-me, né? Vou te dar uma dica: educação e inteligência são as
duas qualidades que mais afetam na aparência física. Então, não adianta ter o
carro mais caro, andar na primeira classe, ter uma mansão e ser podre de rica
se você é mesquinha propícia a barracos.
- Ah!... falou a Maria do Bairro!
Para vai! Esse papinho de “beleza interior” é coisa de pobre que a custa de algumas pessoas conseguiram ficar ricas.
– ela falou “algumas pessoas” em relação ao Justin.
- Olha só é melhor você não falar de
pobres por que se é uma coisa que odeio é quando filinhas de papai que se acham as donas do
mundo vem falar das pessoas com menos
condições. E posso lhe assegurar uma coisa: não é o dinheiro que vai te
proteger quando uma menina de bairro carente quebrar essa sua cara de projeto
de Barbie mal feita.
- Olha aqui...
- Olha aqui nada! – eu gritei a
interrompendo – Coloca o seu rabinho entre as pernas e some daqui!
Ela não respondeu. O silêncio tomou
conta do recinto e ela eu sentia a fúria no olhar ignorante dela. Nada que me
assustasse, mas que me entristecia. Saber que existe tantas pessoas feito ela
no mundo. Pessoas que não tem cérebro o suficiente pra enxergar que não é
dinheiro que a faz melhor que ninguém. Caramba! Será que o dinheiro é tão
influenciador assim, a ponto tomar totalmente a mente da pessoa, a fazendo
fechar os olhos e ligar o “primeiro eu, segundo eu e terceiro eu (e quarto os
outros só se isso for me trouxer alguma recompensa)” Ela se virou para o
funcionário do avião e pediu que a levasse pra qualquer outra classe.
A garota irritante sumiu e sobramos
eu Justin e a Mary em pé no corredor do avião. Por alguns segundos todos
ficaram calados e depois um senhor se levantou e começou a bater palmas. E
junto com ele, todos os outros passageiros também começaram a aplaudir. Sorri
como uma criança boba quando ganha um pirulito de morango.
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OOOOOOOOOOOOOOOOII GEEEEEENNNTEEEEE
Que saudades de vocês ))):
Mil desculpas por passar taaaanto tempo assim sem postar, é tudo culpa da minha escola!
Enfim, eu vou tentar voltar a escrever, e se ninguém quiser ler, tudo bem, amo escrever então isso é passa tempo pra mim :D
Muito obrigado por todos os pedidos de mais um capítulo e por todo o amor que vocês tem pelo o que eu escrevo, eu me sinto muito mais muito honrada com tudo isso.
Amo muuuuito mesmo vocês! FELIZ 2013! VOLTEI COM TUUUUDO!